quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Politicando

De braços caídos, tenho vindo a observar as ideias que transparecem do discurso político das diversas forças que se têm empenhado por esse país fora em cativar as simpatias da populaça mas é confrangedor o vazio de propostas concretas e a forma despudorada como as principais forças se digladiam apenas com acusações fúteis e sacodem o espantalho do "bicho papão", como se a vitória de uns seja a salvação da pátria ou a dos outros o "fim do mundo".
Mas no meio dessa confusão toda há uma coisa que me perturba: é a "lata" do partido no poder a fazer de conta que nada se passou nos últimos quatro anos de governação e o entusiasmo da arraia que depressa esqueceu os arremedos totalitários timidamente manifestados.
Mas eu não esqueço o estigma que o "nosso primeiro" e os seus acólitos lançaram sobre a administração pública (AP), antes mais conhecida por função pública. Foi sob a influência política dessa mesma cor partidária que mais se alimentou o "monstro" e foi este (des)governo que “vendeu” bem a ideia de que era ali que residiam todos os males das finanças públicas. E com fortes aplausos de quem estava comodamente instalado atacou em todas as frentes: o ensino, a saúde e a segurança foram áreas hostilmente confrontadas com reformas economicistas e os funcionários em geral subjugados e traídos nas justas expectativas que alimentavam em relação às respectivas carreiras.
Tudo isso para quê?
Para sanear as finanças públicas poupando nas despesas com pessoal.
Todos sabemos o resultado. Perante a instabilidade gerada os que puderam debandar fizeram-no rapidamente e em força, o regime de mobilidade foi um fiasco total que serviu apenas para "encostar" alguns quadros desqualificados e em pré-aposentação, a falta de pessoas para desenvolverem tarefas essenciais foi suprida à custa de aquisição de serviços e assim ficou aberto o caminho para outras formas encapotadas de recrutamento com requisitos estabelecidos à medida.
Até agora os objectivos do défice foram cumpridos e a AP continuou a funcionar.
Só falta saber ao estado a que o Estado chegou quando, depois da euforia da vitória, os futuros governantes adquirirem conhecimento de todas as continhas.
Algo me diz que a "cobra vai fumar".

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Malafaia: Une fois, ça suffit...

Há quem se ufane de todos os anos ir à Quinta da Malafaia para assistir àquilo que é designado pelos promotores de "a maior e melhor festa do País".
Eu fui lá há dias pela primeira vez e gostei. Uma boa organização, óptimo espaço e bem arejado, muita animação, comida e bebida a rodos... Mas para mim basta. Se lá voltar será quando estiver no lar, de fraldas, meio "che-che" e sem poder determinar a minha vontade.
De negativo foi o ruído excessivo, o desperdício de alimentos (verdadeiramente chocantes as quantidades enormes de costela, frango de churrasco e outras "especialidades" da casa que iam direitinhas para os sacos do lixo) e a péssima qualidade dos rojões, das pataniscas e dos pastéis de bacalhau, que do fiel amigo nem rasto...
Mas as sardinhas, o bailarico e o "camboinho" a abanar o cu acabaram por superar os pontos fracos.
De resto, quem nunca lá foi deve ir... pelo menos uma vez.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cansaço

As férias não são um período propício a grande produtividade bloguística. Para piorar as coisas há sempre uma catrefada de coisas para fazer e projectos para realizar que não fica tempo nenhum para descansar nem para criar algo que se veja.
Por essas razões, por aqui não há nada de novo.