quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Adeus 2009


Adeus, dissemos
E nada mais de então ficou
De asas quebradas
Foi a ave branca que voou
Voa lá alto, que eu morro, bem sei, sem voltar
Cantem as aves do monte qu'eu fui ver o mar.. .

Ai,
Não sei de mim;
Ai,
Não sinto nada..
Ai,
E nem,
Voltei.

Hou Hou Hou!!!


Surpresa bonita que parece voltar a repetir-se esta noite no aeroporto de Lisboa. Gostava de ter estado lá, assim meio aparvalhado, como se pode observar na assistência...

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A Ecopista do Rio Minho

Volto à Ecopista do Rio Minho porque considero-a a obra mais emblemática da autarquia dos últimos anos e merece o nosso maior respeito e carinho.
O apeadeiro de Nossa Senhora da Cabeça, em Cortes, foi totalmente remodelado para ser ali instalado um centro de interpretação.
Penso que de centro de interpretação tem pouco mas, além de servir de abrigo e local de repouso, dispõe de diversas gravuras que ilustram um pouco da história dos caminhos de ferro em Monção.
Acontece que a imensa humidade que se entranha naquele espaço e a forma como estão expostas as gravuras conjugaram-se para provocar uma rápida degradação da mancha gráfica, factores que aliados a algum vandalismo ou mesmo a curiosidade de quem observa os quadros farão com que dentro de pouco tempo apenas exista um suporte em branco.


Como já referi em post anterior, não basta fazer obras, é preciso velar pela sua conservação e neste caso é urgente que se faça algo para evitar o desaparecimento prematuro de tão preciosa informação.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Santo António de Val de Poldros II

Há cerca de dois anos lançava eu um apelo, aqui da minha "tribuna", para que as entidades competentes travassem qualquer tendência especulativa sobre o espaço que é de toda a humanidade e não apenas dos seus titulares.
Referia-me à Branda de Santo António de Val de Poldros, um espaço que, além da beleza natural, carecteriza-se e orgulha-se de possuir a maior concentração de cardenhas feitas totalmente de granito e xisto e que tão mal têm sido tratadas nos últimos anos.
Felizmente a minha preocupação colheu eco no executivo municipal que decidiu avançar com a "elaboração do Plano de Pormenor de Salvaguarda de Santo António de Vale de Poldros", conforme consta no site da Câmara Municipal de Monção.
Louvável iniciativa que já se impunha há muito tempo mas mesmo assim mais vale tarde do que nunca.
Entretanto já muitas asneiras, para não dizer verdadeiros crimes contra o património histórico e cultural, foram cometidas. E se já não se pode recuperar o que foi destruído, ao menos que se proteja o que existe.
Bem à vista de toda a gente existem exemplos do que foi feito de mal e daquilo que se pode fazer bem para preservar as típicas cardenhas. Para isso nem é preciso gruas, como eu já vi por lá...

domingo, 6 de dezembro de 2009

Ciência e Orgasmos

Há dias ouvi o maestro Miguel Graça Moura dizer que está provado cientificamente que a parte do cérebro humano que guarda e promove o gosto pela cultura e pela aprendizagem permanente é a mesma que se ocupa dos orgasmos.
Eu não sei se é verdade ou não, nem vou questionar. Ele disse, está dito. Certamente haverá algumas bases cientificas para tal, o que me leva a compreender melhor a razão de os investigadores e pessoas que chafurdam toda uma vida em busca de mais e melhor conhecimento e no desenvolvimento de novas e rebuscadas teorias serem, numa grande base de incidência, solitários e incapazes de sustentar uma relação normal porque não há ninguém com pachorra para os aturar.
Isto é uma conclusão minha, sem qualquer base de trabalho que a sustente, mas como eu sou um bocado limitado nessas coisas de ciência...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Mesmo com o sacrifício da própria vida.

O título deste artigo é a parte final da fórmula adoptada para a cerimónia de entronização de todos os militares na vida castrense. É também adoptada na Guarda Nacional Republicana, uma vez que é uma força de segurança de natureza militar, como diz a diversa legislação aplicável. É um juramento em que se hipoteca a própria vida ao serviço da Nação e muitos têm sido postos à prova perante esse supremo compromisso.
Só que a disponibilidade da própria vida não pode servir de pretexto para um agir descuidado, desprevenido ou mesmo irreflectido e uma norma que tem de ser indelevelmente gravada na mente de cada soldado é a segurança pessoal. Mesmo que a adopção dessa norma transmita uma imagem de força exagerada, mesmo que corramos o risco de ser apodados de "cow-boys"... A segurança deve ser a palavra de ordem sempre que haja que intervir em qualquer acção policial, desde a operação meticulosamente planeada para combater o crime organizado à mera operação de rotina no controlo e fiscalização do trânsito ou no apoio à comunidade escolar.
Por isso não compreendo a adopção de medidas impostas por quem está comodamente instalado "lá em cima", no gabinete, e determina que no final do serviço a arma seja entregue e depositada no armeiro.

Sempre me manifestei adverso a essa medida por razões diversas: A primeira é que se trata de "passar" um atestado de incompetência aos guardas, a segunda porque se pretende com essa medida suprir a falta de investimento em equipamento, formação e treino de tiro policial, a terceira porque transmite a ideia errónea de que o serviço terminou com a entrega das armas... A ordem pode ser assim ou na inversa, tanto faz.
Na minha perspectiva, o agente policial que termine a formação inicial e passe a integrar os efectivos na sua plenitude deveria ser dotado do equipamento, inclusive a própria arma, do qual se faria fiel depositário enquanto se mantivesse ao serviço activo ou até que lhe fossem aplicadas medidas restritivas ao exercício pleno das funções.
Poderá não ser este sequer o principal problema das forças de segurança e especialmente da GNR mas, se calhar, adicionado a muitos outros, constitui uma das causas que revelam as fragilidades que se acentuam cada vez mais nas células que mais mal tratadas têm sido nos últimos anos: os Postos Territoriais.