terça-feira, 25 de maio de 2010

Penha da Rainha

A vida não para. E como a bicicleta não gasta outro combustível que não sejam as calorias que me obriga a perder, sacrifício do qual ainda retiro algum benefício, dou comigo a explorar muitos recantos aqui do burgo, e não são assim tão poucos os que ainda desconhecia e desconheço. E de tudo quanto me foi possível observar posso retirar, desde já, uma conclusão: passamos a vida a passar pelas coisas sem reparar nelas... Mas vamos ao que interessa.



Se um dia passarem por Monção e perguntarem onde fica a Penha da Rainha o mais certo é ouvirem dizer que tal coisa nunca por cá existiu. E, no entanto, ainda a povoação de Monção não fora criada e já Penha da Rainha era um Julgado com o mesmo nome, cuja área abrangia o actual concelho de Monção até ao rio Mouro, a terminar em Merufe e a referência mais antiga ao seu castelo surge na Crónica do Imperador Afonso, relativamente à campanha de Val-de-Vez.
A realidade é que não se vislumbram no enorme maciço rochoso quaisquer vestígios de construção como seria natural dada a importância que certamente teve. Da ermida, sagrada pelo bispo de Tui D. Pedro I em Junho de 1204, nada resta e a actual, supostamente feita no mesmo local da primitiva, datará de tempos não muito afastados dos Séculos XVIII ou XIX.
Com a criação de uma linha de fortificações ao longo da fronteira, as fortificações situadas mais para o interior perderam importância e foram mesmo votadas ao abandono e as ruínas do castelo de Penha da Rainha foram aproveitadas pelo pároco de Abedim para as obras da sua igreja.
S. Martinho da Penha situa-se no termo da freguesia de Abedim, concelho de Monção. Na Estrada Nacional n.º 101, que liga Monção a Arcos de Valdevez, existe sinalização adequada e depois é sempre em frente, com cuidado porque, além da estrada ser muito estreitinha, há uma bela paisagem para observar.


Fonte Histórica: Pintor, Padre Manuel António Bernardo, Obra Histórica,I, Rotary Clube de Monção, Monção, 2005.
Fotografias minhas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Carneirada...

E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:
– Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
E Jesus, respondendo, disse-lhe:
– Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás.
Lucas, cap. V, vs. 5-8.


A única riqueza do mundo é o trabalho e o poder supremo reside nas mãos dos operários mas as coisas nem sempre estão como seria justo. É que a "albarda" pesa tanto que os "burros" já nem força têm para ouvir poemas... Assim, mais cómodo é mesmo seguir o rebanho e não levantar "poeira".
Será que os "CEO" que embolsam milhões têm consciência de que sem os "burros de carga" os objectivos negociados por eles e pelos conselhos de administração iam todos por água abaixo?
Para distribuir riqueza não contam mas para pagar os desmandos dessa cambada sim, contam e muito. O povo é sereno...
O poema é muito profundo e a letra foi por mim copiada para ali.

terça-feira, 4 de maio de 2010