quarta-feira, 27 de maio de 2009

Campeones

Alto Minho

Um conterrâneo de Tangil tem um acervo fotográfico do melhor que há, como se pode observar em diversos álbuns e sítios da web.
Aqui podemos apreciar uma das facetas mais lindas das nossas "montanhas lindas" e também outras coisas belíssimas, entre as quais as últimas realizações da autarquia de Monção no sentido de tornar o parque das Caldas um local ainda mais aprazível.
Ao Silvano um muito obrigado.

Novo Contador

Como o antigo contador de visitas falhou, procurei um novo e encontrei este que, no mínimo, tem uma bela apresentação.
Como podem verificar, a partir de agora estou "de olho" em vocês;)
Claro que apenas dá indicação das visitas recebidas a partir da sua colocação que ocorreu em 23 do corrente mês mas isso nem sequer é muito importante. Importante é a certeza de que as minhas visitas são as melhores do mundo!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Um Homem não Chora?


Chora sim. Mesmo que não se vejam as lágrimas chora. E é uma ideia brilhante, mostrar às pessoas, às gerações diversas, que nós humanos manifestamos sentimentos adversos e erramos.
Penso que todos passamos pelas fases mais contraditórias. A visão deste vídeo evocou-me bem a falta de paciência que quase sempre manifestava para atar os cordões das botas de meu Pai, porque ele não conseguia lá chegar devido a uma deficiência crónica após um trágico acidente, e recrimino-me por isso. Lembrei-me também do esforço que ele fazia, deitado, com a perna esquerda dobrada apenas pelo joelho para conseguir chegar aos atacadores, sempre que decidia fazê-lo ele sem nos aborrecer, ou quando nos enfastiávamos com as suas conversas, porque era um conversador nato e fazia-lhe falta conversar, e também me recrimino por isso.
Só que de nada vale esta auto-flagelação ou auto-comiseração. Hoje teria procedimentos e atitudes diferentes mas... é tarde. Muito tarde...
Desculpa Pai.


PS: Um agradecimento especial à Catarina C. pela sua postagem que me indicou o caminho.

domingo, 24 de maio de 2009

Espanholês?


Os aplausos e os sorrisos estampados no rosto da distinta assistência são, seguramente, para os dotes oratórios do nosso primeiro em espanholês. Assim é que é falar...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Do Rio Tua ao Rio Pinhão - Arguido

O comprador das castanhas era um daqueles indivíduos que olhamos para eles e algo nos diz estarmos perante um refinado patife. Baixote, “redondo”, é melhor de caracterizar se imaginarmos a cabeça em forma esférica em cima do tronco também esférico mas com um perímetro muito superior e duas grossas estacas com botas na extremidade inferior a segurar aquilo tudo… No meio da cara abolachada pontuavam dois olhitos pequenitos, traiçoeiros, mais parecidos com os de uma ratazana. Confesso que nunca lhe confiaria um alqueire de castanhas, muito menos um carregamento no valor de muitas centenas de contos.

Se gostaram deste excerto, podem continuar a ler. A história integral encontra-se aqui.

domingo, 17 de maio de 2009

O Apóstolo do Kamasutra

Eis uma nova forma de exercer o apostolado divino. Finalmente alguém que contraria a teoria agostiniana de que o sexo só é permitido na posição papá-mamã e exclusivamente para procriar.
Diz o venerando capuchinho que "El matrimonio puede demostrar su amor de todas las formas posibles. Esto puede incluir estimulación manual u oral" e que "Todo acto, caricia o posición sexual que tiene como objetivo la excitación del cónyuge está permitido, y agrada a Dios. Durante el acto sexual, el matrimonio puede demostrar su amor de todas las formas posibles, y brindarle al otro las caricias más deseadas".
Assim é que é falar. Não tenho a mais pequena dúvida que a pregar assim não lhe vão faltar "ovelhas" para apascentar.
E se o Agostinho foi santo, este também merece o seu lugar entre os oragos mais distintos.
Se quiserem ver mais podem ler aqui, comprar o livro, ou ir ao seu site, ou de férias até ao mosteiro de Stalowa Wola que é onde ele recebe quem recorre aos seus serviços.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A Caminho de Bruxelas

Há muitos problemas para resolver neste País que nós, portugueses, tanto amamos. Um deles, talvez o mais premente, é o das justiças. A justiça que (não) se faz nos Tribunais, a justiça tributária e também a justiça social.
Eu aprecio as pessoas que se batem para que lhes seja feita justiça, não os justiceiros, mas aqueles que sofrem as injustiças da justiça, seja ela qual for.
São muitos os casos, alguns até hilariantes, em que a administração não faz justiça àqueles que são a sua principal razão de existir mas que se resolvem de uma penada logo que o escândalo é denunciado pelos órgãos de comunicação social, principalmente a televisão: ninguém quer passar para a opinião pública uma imagem de incompetência...
O caso que hoje me inspira é merecedor da máxima divulgação porque revela o que de mais sórdido pode suceder numa sociedade que, apesar de se reconhecer evoluída, me parece estar mais próxima da idade média.
José Leones Lima é um cidadão minhoto, nascido na Ribeira Lima e a residir em Viana do Castelo, detentor de uma força de vontade daquelas de "antes quebrar que torcer". A força quebrou, sim, num vil acidente de trabalho que o atirou para uma cadeira de rodas com uma incapacidade parcial permanente de 80%, mas a vontade redobrou.
Por força disso foi-lhe atribuída pela Segurança Social uma reforma de 180 euros e um complemento de dependência no valor de 97 euros, uma miséria comparada com as rendas de várias centenas atribuídas a mandriões preguiçosos e oportunistas através do RSI, não se sabe com que critérios.
Só que o Homem não se acomodou à cadeira e tem recorrido a tudo que lhe é possível para viver com dignidade. Escreveu vários livros e criou a sua própria editora , o que lhe permite amealhar mais alguns trocos. Porém, o "Big Brother" está de olho nele e por causa das rendas "astronómicas" que deverá andar a angaria como resultado da sua actividade literária e empresarial vai de lhe retirar o complemento de dependência, já que na reforma não se pode tocar.
Assim se cumpre a lei, dizem, mas o que talvez não estivesse nas conjecturas de quem tomou tal decisão é que o Homem tem argumentos de sobra para colocar em causa não só as pessoas mas o próprio sistema.
Já efectuou uma volta a Portugal em cadeira de rodas (VPCR ) para denunciar a falta de oportunidades e de infraestruturas que contemplem as necessidades especiais das pessoas com deficiência e agora propõe-se percorrer, pasme-se, a distância de 2300 quilómetros, até Bruxelas, para denunciar este acto da administração que acreditamos estar de acordo com a lei mas que humanamente está ferido de uma imensurável injustiça.
Força JOSÉ!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Alvarinho e fumeiro

Decorreu em Melgaço entre os dias um e três de Maio o evento destinado a divulgar produtos regionais que são o que de melhor se produz na região. E sendo produtos de peso considerável na economia local serviu também para testar os efeitos da crise que tanto preocupa.
Pelo que me foi dado observar, por ali tudo continua a "navegar" sem grandes turbulências e fiquei impressionado não só com a imensa massa humana que demandou o recinto situado nas bordas do antigo burgo mas pelo contagiante consumismo desenfreado que estava instalado em torno de tudo que se relacionava com comidas e bebidas.
E também me foi referido, por quem lá esteve durante todo o evento, que o primeiro dia esgotou os stoks de fumeiro. Talvez por essa razão "enfiei" um barrete enorme quando consegui uma pequena dose do famoso presunto de Castro Laboreiro, que evidenciava o escasso tempo de cura e sal a mais.
Penso que naquelas circunstâncias mais valia venderem "jamon" galego, salvaguardando devidamente a proveniência, que seria consumido com o mesmo agrado e resultaria também em excelente negócio, sem adulterar um produto que se requer genuinamente regional.
Do vinho não vale a pena falar. O alvarinho bebe-se sempre com prazer. Surpresas só para quem desconhece as suas virtualidades e pensa que é água.
A picanha no "Sabino" também estava boa e o proprietário, novel confrade da Confraria do Alvarinho, demonstrou atenção e disponibilidade para a vasta clientela fora do comum, o que fica sempre bem.
Veremos o que nos reserva Monção, de 10 a 14 de Junho.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Deserção

"Em Portugal não há condições para investir mais. Somos um país endividado. O país não tem um bom governo, no Parlamento não se discute os problemas do país. Não conheço nenhum governo, este ou os anteriores, que diga: nós temos um plano a vários anos e que ninguém vai mudar".
"... passo tempo a falar com os meus netos a dizer-lhes que têm de ir trabalhar para fora de Portugal. Quando aconteceu o 25 de Abril, organizei debates com os meus filhos para lhes explicar o que eram os partidos e a democracia. E agora estou a tentar fazer o mesmo com os meus netos".
"A corrupção é o que de mais perigoso existe numa empresa. A uma dada altura, você não sabe quem é o corrupto, se os locais se os seus funcionários. Em segundo lugar, existem problemas gravíssimos de desalfandegamento das mercadorias nos portos. E depois, como é que se distribui em Angola? É preciso camiões, estradas, segurança. E nada disso existe. As pessoas quando falam em Angola, pensam só em Luanda. E ainda é preciso poder de compra. Não são só meia dúzia de clientes".
Quem falou assim foi Alexandre Soares dos Santos, presidente do grupo "Jerónimo Martins", numa entrevista concedida ao novo jornal diário "i" e que podem ver na integra aqui.
O homem não tem papas na língua e já não é a primeira vez que mete a boca no "trombone" para denunciar a incompetência e a mesquinhez da classe política portuguesa.
De facto, sempre que se verifica uma mudança de governo assistimos à "rotação" de cadeiras, à formação de novos lobies, à defesa de novos interesses, a reformas de mobiliário dos gabinetes e da frota automóvel, como se fosse necessário estar sempre a começar do nada, e se a tesouraria mirrar aplica-se mais um imposto ou uma taxa. Em relação ao médio e longo prazo, é como diz o povo: o futuro a Deus pertence...
E não deixa de ser dramática a afirmação de que os netos terão de estar preparados para emigrar.
Infelizmente penso do mesmo modo, por muito que isso me venha a doer no futuro.

sábado, 9 de maio de 2009

De puta madre!!!

A história tem-nos ensinado que nem sempre as coisas são o que parecem. São inúmeros os casos em que os elementos dos grupos de resistência armada pela libertação de um determinado território ou pela autonomia de um povo são designados de terroristas para mais tarde serem venerados como heróis. Foi assim em Israel, em Angola, em Moçambique, na Guiné Bissau, o mesmo acontece actualmente na Palestina e no País Basco e muitos outros exemplos poderíamos apresentar...
Em regra são movimentos armados que desencadeiam uma guerra com os meios de que dispõem e com objectivos bem definidos. Outros casos há cujos objectivos se revestem de contornos obscuros e que mais parece tratar-se de meros criminosos cujas acções servem apenas para roubar e extorquir grossas maquias, mesmo que para tal deixem um rasto de sangue hediondo.
Parece-me ser este o caso do Grupo de Resistência Antifacista Primeiro de Outubro (GRAPO) que opera na vizinha Espanha desde 1977. Três elementos deste grupo estão a ser julgados pelo assassinato da empresária Ana Isabel Herrero em 2006 e um deles, dirigindo-se ao fiscal, figura que corresponde no nosso ordenamento judicial ao Delegado do Ministério Público, atirou-lhe com este mimo: "Arrepentido estará tu puta madre, gran hijo de puta. No vuelvas a decir eso, cabrón, eso es una provocación".
Até para se ser terrorista é preciso ter nível...

É a vida...

... Mas ainda nos surpreende. Soube ontem que o Manuel Lobato faleceu. Era o Presidente da Junta da minha freguesia, Riba de Mouro, e um homem da minha criação.
Conheci-o desde muito jovem, quando nos encontrávamos no adro da Igreja onde frequentávamos a catequese, depois de percorrer vários quilómetros de caminho, ele desde Quintela, do outro lado do Rio Mouro, eu desde Cavenca, lá do alto da serra.
Depois seguiu na senda de muitos outros pelos trilhos da emigração, regressou e aventurou-se na construção civil, creio que com sucesso.
Ainda lhe sobrou tempo para participar na criação de um clube de futebol, de animar um conjunto musical e dedicar-se à política.
Muito mais poderia ainda realizar se não fosse a velha da gadanha que o levou prematuramente.
À família enlutada endereço daqui os meus sentidos pêsames.