quinta-feira, 14 de maio de 2009

Alvarinho e fumeiro

Decorreu em Melgaço entre os dias um e três de Maio o evento destinado a divulgar produtos regionais que são o que de melhor se produz na região. E sendo produtos de peso considerável na economia local serviu também para testar os efeitos da crise que tanto preocupa.
Pelo que me foi dado observar, por ali tudo continua a "navegar" sem grandes turbulências e fiquei impressionado não só com a imensa massa humana que demandou o recinto situado nas bordas do antigo burgo mas pelo contagiante consumismo desenfreado que estava instalado em torno de tudo que se relacionava com comidas e bebidas.
E também me foi referido, por quem lá esteve durante todo o evento, que o primeiro dia esgotou os stoks de fumeiro. Talvez por essa razão "enfiei" um barrete enorme quando consegui uma pequena dose do famoso presunto de Castro Laboreiro, que evidenciava o escasso tempo de cura e sal a mais.
Penso que naquelas circunstâncias mais valia venderem "jamon" galego, salvaguardando devidamente a proveniência, que seria consumido com o mesmo agrado e resultaria também em excelente negócio, sem adulterar um produto que se requer genuinamente regional.
Do vinho não vale a pena falar. O alvarinho bebe-se sempre com prazer. Surpresas só para quem desconhece as suas virtualidades e pensa que é água.
A picanha no "Sabino" também estava boa e o proprietário, novel confrade da Confraria do Alvarinho, demonstrou atenção e disponibilidade para a vasta clientela fora do comum, o que fica sempre bem.
Veremos o que nos reserva Monção, de 10 a 14 de Junho.

2 comentários:

M. Caldas disse...

Concordo com a sua opinião referente ao presunto: quer-se qualidade genuina. (Repare-se no fumeiro de vinhais: ninguém olha ao preço.)
Fiquei-me pela Festa das Cruzes e por isso não fui à terra-natal, mas fiz-me representar pela filha, que veio de lá contente e... cansada.
Desejo-lhe mais sorte para a próxima, com o presunto.
Abraço

Bocanegra disse...

Amigo Eira-Velha,

Lástima, essa história do presunto!

É assim que se começa a estargar o bom nome dos nossos produtos.

Esperemos que não volte a suceder.

Abraços