terça-feira, 17 de abril de 2007

Combarro

“Galicia é un país habitado por homes e mulleres
de carne e oso pero tamén por seres que bulen
nun mundo fantástico ou encantado, pero tan real
coma o outro...”

http://www.galiciaencantada.com/index.asp?rsl=1024

A Galiza fascina-me. Pela proximidade, pela fantasia, pela história, pela gastronomia, pelos usos e costumes, pela beleza…
Tenho dito e repetido que a fronteira entre o Minho e a Galiza foi apenas um artifício político, porque na realidade não existem outras diferenças entre as duas regiões que pudessem dar azo a qualquer fractura territorial.
A gente passa a “fronteira” e nem sequer se apercebe que já está num País estrangeiro. Lembro-me bem do tempo em que o Rio Minho era uma barreira intransponível, com guardas armados de um e de outro lado a impedir o trânsito das pessoas e das mercadorias, tudo sujeito a procedimentos burocráticos extremamente rigorosos como se do outro lado estivesse o inimigo que nos habituaram a ver através de uma História muito mal contada…
Há alguns anos, no Monte Aloia, sobre a magnífica localidade raiana de Tui, estava eu com alguns amigos a preparar um suculento e apetitoso churrasco, ao lado de uma família galega que também preparava uma bela posta de bacalao assado na brasa. Fomos unânimes em concluir que havia menos de uma dúzia de anos tal cenário era impensável e inimaginável. O Mundo muda muito rapidamente…
Mas hoje o tema é Combarro.

Combarro é uma pequena localidade situada em pleno traçado da Estrada que liga Pontevedra a Sanxenxo, junto à Ria de Pontevedra e vale a pena lá parar e apreciar uma forma de preservação do património que deveria servir de exemplo a todos os responsáveis pelo esbanjamento dos dinheiros públicos.
Ali tudo é harmonia: a paisagem, as construções, as pessoas.
O aglomerado urbano forma um conjunto arquitetónico de uma beleza impressionante, onde pontificam os horrios, espécie de espigueiros ou canastros do norte de Portugal mas de dimensões superiores e construídos com uma qualidade artística excepcional.
Eram construções onde os habitantes guardavam as colheitas de batata, milho, feijão e outros produtos agrícolas.

No comércio local pontifica a restauração e o artesanato e neste as “meigas”, bruxas que enfeitiçam quem por lá passa.
Eu fiquei mesmo enfeitiçado por aquele local.
Quem quiser saber como … vá lá…


Coimbra, 17 de Abril de 2007


3 comentários:

Anónimo disse...

Parece mesmo tentador ir lá.

salsa e coentros disse...

eu o ano passado vivi mesmo em frente ao Monte Santa Tecla, e muitas vezes atravessava o minho no ferry, só pelo prazer de ir ao outro lado, por acaso nunca fui a este local, é bem bonito, mas as meigas enfeitiçaram-me de tal modo que me tornei brujita. No pox. fim de semana que for a MOledo, quiça...
bjs

A Sonhadora disse...

Conheço sim...ainda lá hei-de voltar!!!
Um abraço