sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Gelo

Que frio é este
Que me gela o pensamento
Que me trava a razão
Que me paralisa a vontade
Que me faz tremer a mão
Que faz a minha vida um tormento?

Que tom de cinza é este
Que não me deixa ver o céu
Que esconde as estrelas
Com um véu
De nuvens negras, tenebrosas
Que oculta o horizonte
E seca a fonte
Da minha inspiração?

Olho e não vejo,
Penso e não entendo,
Tacteio e não compreendo
Este torpor
Malévolo, incompreensível,
Indolor
Que tolhe o corpo e a alma
Como letal veneno
Destrói a calma
E a paz

1 comentário:

Ivy disse...

E ninguém falou nada, diante de um desbabafo!
Este gelo,meu amigo, pode ter muitos nomes, muitas faces...E não é fácil derretê-lo.Mas creio que uma boa fórmula é esta que usamos: a de tentar e tentar de novo! De alguma forma, havemos sempre de conseguir pôr calor e ordem, com nossos sentimentos de amizade!

Um beijinho e bom fim de semana