quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Relações Humanas na Rede

A internet veio alargar, e de que maneira, o círculo de relações entre pessoas e entidades. É uma realidade com que temos de lidar em casa, no trabalho, em todos os actos da nossa vida, desde um vulgar olá através de uma qualquer rede social até às mais complicadas operações financeiras.
Há que reconhecer as enormes vantagens das ferramentas que o desenvolvimento das tecnologias nos colocou ao alcance de um clique mas também há necessidade de estar sempre atento aos perigos que este mundo produz e fazer uso destas mesmas ferramentas com inteligência.
Onde há necessidade de tomar mais precauções é nas relações interpessoais. À semelhança do que sucede na condução de um automóvel ou na assistência de um jogo de futebol, muitas pessoas transfiguram-se quando estão por detrás de um écrã de computador. Aqui não se acusam perturbações fisionómicas, não se avaliam gestos nem timbres de voz, tudo que nos chega ou exporta pode ser artificial ou falso... Por isso, o melhor, quando não se tem a certeza, é ficar sempre na retranca ou, como diz o povo, nem muito ao mar, nem muito à terra.
Embora me considere um mero aprendiz, sou um utilizador compulsivo da internet da qual tenho colhido muitos proveitos nos mais variados aspectos da vida quotidiana. Desde o tempo dos news, onde "conheci" pessoas com as quais ainda mantenho o contacto, passando pelos blogues e pelas redes sociais, gravitam na órbita das minhas relações muitas pessoas reais (familiares, amigos, conhecidos, antigos companheiros de trabalho) e virtuais, alguns dos quais já passaram para o grupo dos primeiros.
Com todos procuro manter boas relações, no respeito pelas diferentes opiniões mas não me esquivo a sustentar algum debate sobre situações concretas defendendo o meu ponto de vista e até lançando algumas provocações para "animar".
Mas isso já me tem custado alguns constrangimentos que tem muito mais a ver com a personalidade, a meu ver, artificiosa, de quem está do outro lado do monitor do que com a provocação.
E assim acontece que, de vez em quando, desaparecem da minha esfera de relações alguns "amigos", supostamente "muito ofendidos", mas confesso que quase nem se dá por isso...
Como dizia o meu velho amigo: quem vai, vai, quem fica, fica...

8 comentários:

redonda disse...

Às vezes preocupo-me quanto a poder ser mal interpretada.
Por aqui e mesmo enquanto virtual, quero decididamente ficar :)

Eira-Velha disse...

Eu sabia que podia contar contigo, cara amiga virtual (quase real) :)
Um beijinho

M. Caldas disse...

A discussão de qualquer assunto, com pontos de vista diferentes, enriquece-nos a todos. Também gosto de dar a minha opinião, procurando sempre não ofender as outras pessoas. Isso faz parte da minha natureza, mas não sei se sempre o consigo, porque há quem se melindre com qualquer coisa. Não ligue aos que desaparecem. Só faz falta quem cá está.

ivete disse...

Ainda que esteja mais apagadita, espero ainda estar na rol das tuas amizades...

Beijinhos

Eira-Velha disse...

Amigo Caldas, como dizia o filósofo, quanto mais conheço os homens mais gosto do meu cão... Na verdade esta questão não me tira o sono nem o apetite, mas tem um alvo bem definido :)
Como dizem nuestros hermanos: tranquilo hombre...
Um abraço


Cara amiga Ivete, tu não só estás no meu rol de amizades virtuais como ocupas um cantinho especial aqui ao lado do coração :)
Um beijinho, amiga apagadita ;)

TheOldMan disse...

Deixa lá, Boaventura.

Se se foi, é porque não era tão bom assim.

Abraço.

;-)

Eira-Velha disse...

Bah... Eu deixo, é para o lado que durmo melhor só que considerava-o um amigo real... e emburrou como um puto :)
Vamos em frente, que atrás vem gente!
Um abraço.

Anónimo disse...

Também por esses círculos da net, descobri agora este blogue e, tendo gostado muito, passo a ser seguidor.
Além disso já o coloquei na barra do meu blogue, espero que não se importe - pois o meu é de temática variada, embora mais virado a afectos clubistas (porque é o tema que mais leitores demonstra grangear, no caso), apesar de eu ter alguns trabalhos escritos sobre memórias locais e temas históricos e etnográficos, por exemplo.
Sendo por este denominador comum que me chamou a atenção,também.

Abraço.
http://longara.blogspot.com/