quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O Fogo e a Água

Dois dos elementos que mais têm dado que falar nos últimos dias. O fogo tem devorado áreas enormes de mato e florestas. Mãos criminosas desencadeiam a catástrofe e o tempo, muito de feição, faz o resto. Acredito que os voluntariosos bombeiros fazem o que podem mas sozinhos não conseguem opor-se com sucesso a tamanho flagelo. Para cúmulo o cabo Pereira vem estabelecer comparações e dizer que ardeu menos área do que nos anos tal e tal. Deve sentir-se feliz por isso.
De água, cá pelo burgo, estamos conversados. Todos os anos por esta altura é a mesma coisa: as torneiras só deitam vento. Só que esse fenómeno ocorre apenas nas casas situadas em pontos mais elevados. O argumento das entidades responsáveis é sempre o mesmo: consumos exagerados devido ao número exponencial de residentes com a chegada dos emigrantes. Mas se o problema é dos consumos eu desafio a autarquia a fazer um estudo que demonstre onde e quando ocorreram esses consumos e que o divulgue, para sabermos como é, porque eu desconfio de outras coisas e porque são sempre os mesmos a "pagar a factura" da água que as torneiras não deitam.
E depois aparece uma "jóia" destas na comunicação social: As zonas mais altas das freguesias de montanha de Mazedo e Cortes, no concelho de Monção, estão sem água há cerca de uma semana.
Ora, o que a menina Andreia Cruz designa de "freguesias de montanha" são, nem mais nem menos, duas das freguesias mais ribeirinhas do vale do Minho, cujas cotas mais altas devem situar-se entre os 100 e os 150 metros de altitude. E são as que mais sofrem da falta do precioso líquido, vá lá saber-se porquê...

6 comentários:

M. Caldas disse...

Cabo? Soldado... e fraco!

Anónimo disse...

Ora ora, agora qualquer mediocridade das piores mediocridades é cabo. Isto bateu no fundo.

E o Eira-Velha continua em grande forma, pelo que vejo.
Abraço

Ivy disse...

Pensei que problemas de "fala de agua nas torneiras" só acontecesse em países de terceiro mundo...
Quanto aos incêndios, deve ser mesmo revoltante , ainda mais se são criminosos.

vina romao disse...

È só para lhe agradecer, as viagens que vai pondo aqui e nos conta, com primor o que vê e as histórias dos sitios, quando isso é possível. Tambem eu sou uma apaixonada por este Portugal Profundo, gentes, usos e costumes.Portugal lindo, com gente maravilhosa,hospitaleira e amiga. Vemo-nos por aqui..
Um abraço
Vina Romão

Barba azul disse...

"Quem não poupa água nem lenha, não poupa nada que tenha.", diz o povo.
Ao que neste caso acrescentaria: sobretudo quando é a outros que vai faltar...

Ventor disse...

Eu não gosto de bater em quem está do lado de lá do biombo e vai espreitando pelas gretas do bambu mas, às vezes é impossível!
Esse tal "cabo" (sem insulto para os cabos verdadeiros, da GNR ou outros, meteu-me dó de todas as vezes que o ouvi dar dicas sobre os incêndios. Mas que "tordo" (também sem ofensa para os tordos) que não me larga o azevinho!