sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Revolta Silenciosa

"António Duarte Arnault (Cumieira, Concelho de Penela, 1936) é poeta, ficcionista, ensaísta, advogado, maçom e político português que ocupou o cargo de Ministro dos Assuntos Sociais no II Governo Constitucional".
É assim que vem apresentado o "retrato" do velho socialista na Wikipédia, seguindo-se um desenvolvimento mais detalhado da vida e obra de um dos fundadores do Partido Socialista Português.
Foi-lhe atribuido o epíteto de "pai" do Serviço Nacional de Saúde (SNS) porque foi o seu principal mentor, numa fugaz passagem pela governação em democracia.
Ontem foi entrevistado pela SIC sobre o financiameto do SNS e mostrou-se crítico em relação à introdução de taxas moderadoras nos internamentos e cirurgias de ambulatório.
Gostei de o ouvir, abordando o tema de uma forma clara, despida de preconceitos e reveladora das marcas profundas de um ideal político que abandonou prematuramente, desencantado com o rumo definido pelos ideólogos do partido.
Sem atirar pedras contra ninguém, terminou manifestando esperança no partido que sempre foi o dele mas aqui a emoção atraiçoou-o e... chorou...
É um aviso muito sério. A capacidade de calar a revolta e a indignação tem limites.

2 comentários:

Anónimo disse...

Acho que as revoltas silenciosas são sempre as mais doloridas...

Moura ao Luar disse...

Não vi a entrevista mas concordo, tenho pena que antes de se anunciarem medidas e trocas e baldrocas não se reflicta sobre o sentido das mesmas!!