quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

A Última Fronteira

"A fronteira é o limite entre duas partes distintas, por exemplo, dois países, dois estados, dois municípios.

As fronteiras representam muito mais do que uma mera divisão e unificação dos pontos diversos. Elas determinam também a área territorial exata de um Estado, a sua base física.

As fronteiras podem ser naturais, geométricas ou arbitrárias; sendo delimitações territoriais e políticas que, através da proteção que garante aos seus estados, representa a autonomia e a soberania desses perante os outros."

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fronteira

O significado que a fronteira representava na minha juventude era o de uma barreira intransponível, o limite para além do qual se situava o desconhecido, o estrangeiro, o inimigo... Uma barreira mais psicológica do que real, já que ao longo da raia sempre houve convivencialidade, familiaridade, interacção.

A Comunidade Económica Europeia desfez essas barreiras mas subsiste ainda uma vergonhosa fronteira que dificilmente se ultrapassará: a fronteira económica.

Se tivermos em conta que há alguns anos a Galiza era a região autonómica de Espanha mais empobrecida, se tivermos em conta que a Galiza e o Norte de Portugal se inserem na mesma região económica da União Europeia, se considerar-mos que a peseta, por ocasião da Revolução dos Cravos valia menos de metade do escudo...

...teremos alguma dificuldade em entender a crueza dos números que estão espelhados nos artigos para os quais remetem os excertos e as hiperligações que se seguem:

"El salario bruto medio se sitúa en Galicia en 1.424,6 euros al mes, un 4,3 por ciento más que hace un año"

http://www.vigometropolitano.com/news/291/ARTICLE/3090/2007-12-18.html

"...o salário base médio tem vindo a crescer de forma constante nos últimos anos, rondando os 840 euros."

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?div_id=&id=878735&main_id=

São dados cruéis mas são reais e actuais. E é visível como o caminho é trilhado a velocidades diferentes, de um e do outro lado, como os investimentos se situam em unidades de produção do lado que mais cresce economicamente ou de consumo do lado que mais nos dói. A melhor prova disso está nos mercados onde diariamente nos reabastecemos do que precisamos para satisfazer as necessidades básicas, basta verificar a origem.

1 comentário:

Anónimo disse...

Isso diz-nos tudo o que já sabemos e até temos vergonha de repetir.
Olha para os narizes deles!
O que faz correr esta gente que põe o Governador de um Banco de Caca a ganhar mais do que o grande Senhor de todas as reservas!
Precisas de mais alguma informação?
Um BOM NATAL e um BOM ANO para ti e todos os teus.
Um abraço,