domingo, 27 de janeiro de 2008

Interioridades

Alguém que me explique, como se pode chegar a conclusões tão díspares:
  1. O Fórum "Monção: Presente e Futuro", que aconteceu no dia 12 de Janeiro no auditório da Escola Profissional do Alto Minho Interior (EPRAMI), deixou a indicação que o município, fruto da sua situação geográfica, tem potencial para "construir" um desenvolvimento sustentável... tem um potencial grande de crescimento, sendo "empurrado" pelo país ou pela proximidade à Galiza.
http://www.caminha2000.com/jornal/n373/distritomoncao.html

  1. Arcos de Valdevez, Melgaço, Monção e Paredes de Coura são os concelhos "menos competitivos" do distrito de Viana do Castelo, de acordo com um trabalho desenvolvido pelo ex-ministro da Economia Augusto Mateus.
http://jn.sapo.pt/2008/01/26/norte/desertificacao_sangra_interior.html

No primeiro caso trata-se de um fórum em que, supostamente, se reúne um grupo de personalidades mais ou menos importantes e entre uns almoços, uns copos (de alvarinho, de preferência) e uns dedos de conversa se extraem conclusões brilhantes como esta, embora surja ali uma dúvida sobre a origem do "empurrão" para tal desenvolvimento, não se sabendo bem se vem do país ou se da Galiza.
O segundo caso assenta numa base mais científica e as conclusões são de um economista que já foi ministro, penso que do tempo em que um autarca do Alto Minho "vendeu" o seu voto de deputado a troco de compensações económicas para a Região (parece-me que essas compensações se resumiram a uma auto-estrada de Viana a Ponte de Lima sem portagens - por enquanto) e certamente saberá do que está a falar.
A realidade está à vista de todos. Há pequenas unidades de produção a fechar por falta de mão de obra, os construtores civis queixam-se da falta de operários, os jovens continuam a demandar outras paragens. As Termas foram concessionadas a um grupo galego, a Zona Industrial está a ser ocupada por galegos e as grandes superfícies comerciais por lá instaladas fervilham de galegos.
Assim não será difícil adivinhar quem é que empurra quem.

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