Há mais um motivo de orgulho em Monção. O novíssimo e polémico monumento da autoria de mestre João Cutileiro, evocando a mítica heroína que desfez o apertado cerco do inimigo castelhano atirando-lhe o pão que já não existia na urbe, não deixa ninguém indiferente.
As opiniões divergem e com ou sem conhecimento de causa não falta quem opine sobre o novel monumento. Há quem o considere uma obra futurista e de grande qualidade estética e simbólica, há quem diga que se trata de uma aberração que nunca deveria ser implantada num local onde predomina a austeridade das antigas muralhas de granito cinzento.
Dizem que foi financiado por um mecenas anónimo, juntamente com mais duas obras de arte a implantar na futura rotunda de S. Pedro e na Lodeira, junto à ponte internacional, e que o custo do conjunto ascende a cerca de € 50.000,00. Bem haja.
Pessoalmente não me agrada. Comparando com a profusão de monumentos disseminados pelo casco urbano de Vila Nova de Cerveira, julgo que da autoria de um artista radicado na região, mestre José Rodrigues, onde impera uma perfeita harmonia entre os materiais e a paisagem, a nossa Deu-la-Deu choca pelo impacto com que aquele corpo estranho nos ataca os sentidos.
Mas Cutileiro é mesmo assim, ou não fosse ele o autor do escandaloso D. Sebastião de Lagos ou do fálico obelisco que imortaliza os heróis do 25 de Abril no Parque Eduardo VII.
Ei-la...
A autoria da imagem está impressa na própria na própria fotografia mas para quem não enxergar bem aqui fica o endereço:
http://olhares.aeiou.pt/deu_la_deu_martins/foto1829102.html
4 comentários:
Sou tradicionalista por natureza e por tal, muito dificilmente entendo a ideia estética deste tipo de arte. Mas gosto não se discutem e diz o povo que há gostos para tudo, até para o refinado mau gosto. Boa semana.
� s� rir
S. coisas
Realmente ele há cá cada calhau, bem mas arte é arte, não creio que se trate de mau gosto, talvez um pouco de falta de ispiração ou será falta de pedra da região.
Mas está correcto isto é neoescultura á cutileiro.
Aquele monumento penso não agradar á generalidade das gentes de Monção, quem o concebeu não se inteirou da realidade das gentes da terra,portanto não era o objectivo se reverem naquilo mas tambem não lhes diz nada.
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