Hoje não se trabalha. É o dia do trabalhador. Aproveita-se para preguiçar, ficar um pouco mais na cama, mesmo com uma enorme vontade de fazer xixi (não sei porque carga de água haviam de inventar este termo para dizer mijar), dar um salto ao shoping ou participar activamente nas acções de rua promovidas pelas diversas facções políticas e sindicais.
Eu sou uma excepção à regra e, por isso, aqui estou a trabalhar. Um trabalho intelectual, uma breve reflexão, um desafio a mim próprio, a ver se consigo produzir algo que satisfaça a minha vontade de clamar aos quatro ventos que estou aqui, estou vivo e quero participar activamente na construção de um mundo melhor. Um mundo onde se valorizem as pessoas, o trabalho, a honestidade, o respeito, a solidariedade, os valores sociais...
Muitas vezes interrogo-me acerca da condição humana, quais as razões para haver tantas diferenças, que poder oculto decidirá sobre o papel que cada um desempenha nesta passagem breve e efémera pelo planeta, que desígnios tão díspares se nos deparam se à partida todos somos fruto de um acto sexual mais ou menos elaborado e nascemos perfeitamente nus...
Se pensarmos bem, a única forma de produzir riqueza, a única e verdadeira riqueza, é o trabalho. O dinheiro só existe por convenção, o petróleo, o ouro, os diamantes... só têm valor porque efectivamente se lhes quis atribuir essa importância.
Então, se a verdadeira riqueza é o trabalho, os trabalhadores são os detentores de toda a riqueza do mundo. Se assim é, porque será que têm necessidade de sair para a rua clamar por melhores salários e melhores condições laborais, insurgir-se contra a exploração, contra os governantes, contra o patronato, contra..., contra...?
Tudo isto são paradoxos difíceis de entender e de explicar. Mas se atentarmos simplesmente nas corrrentes migratórias que se verificaram através dos séculos mais fácil se torna perceber que, em regra, elas ocorrem pela busca de melhores condições económicas. As pessoas deslocam-se para trabalhar, gerar riqueza, que deixam no local onde a produziram, apenas ficando com uma pequena parte...
Assim sendo, porque não aproveitar essa força de trabalho para criar riqueza onde as pessoas se encontram?
3 comentários:
mas sabe, pra mim, a maior riqueza q tem este mundo é a vida (sim, "aquele acto sexual mais ou menos elaborado" de q fala tb faz parte)
E produzir riqueza não é através do mero trabalho: faz parte pa certas pessoas, mas n me parece.
É através da realização pessoal, ié da felicidade. Sem isso, n se produz nada de jeito.
Daí q essas pessoas saiem à rua e "clamam contra...e contra"... pq esse trabalho (se, ainda por cima sem condições) ninguem o quer, ou então querem mto mais do q isso, mas ainda n perceberam.
A vida é um mistério e a felicidade é muito relativa. Há quem seja feliz com nada e quem seja muito infeliz com tudo...
Obrigado pela visita
QUEM NAO TRABALHA NAO COME ...nao é o que disem os mais antigos.
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