sábado, 1 de dezembro de 2007

Maçãs Podres

Certamente que todos nós recordamos os tempos de infância, quando ainda não dispúnhamos de computadores e consolas de jogos, em que era muito comum, nos tempos de lazer e em grupos, desenvolver brincadeiras e jogos de perícia. Um dos temas preferidos dos rapazes era, sem dúvida, brincar aos polícias e ladrões. Como a brincar se dizem e fazem coisas sérias, este jogo desenvolvia um tema muito importante que era a eterna luta entre o Bem e o Mal em que, regra geral, o Bem acabava por vencer.
Porém, os tempos mudam e actualmente acontecem coisas muito estranhas, a avaliar pelo título da notícia em diversos jornais e meios de comunicação on-line como este que extraí de http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=886722:
Militar da GNR e ladrão de bancos
Pelos vistos, um jovem militar da Guarda Nacional Republicana exercia, sem autorização, uma outra actividade, certamente mais lucrativa do que a profissão que, voluntariamente, escolheu e pensou seguir.
Muita gente se interrogará: Como é possível?
A resposta está no cesto da fruta. Por mais rígidos que sejam os critérios de selecção, alguma das peças de fruta que seleccionamos há-de apodrecer. O pior é que, se não for logo identificada e retirada do meio da fruta sã, ela vai contaminar as restantes e acaba por ir parar tudo ao lixo.
Só que, como diz Júlia Lemgruber(*) “já se foi o tempo em que simplesmente se eliminavam as maçãs podres numa corporação. É preciso descobrir os efeitos delas na conduta e nos procedimentos policiais como um todo”.


(*)Ex-ouvidora da polícia do estado do Rio de Janeiro e coordenadora do Centro de Estudos em segurança Pública e Cidadania (Cesec) da Universidade Cândido Mendes, no Rio, In http://www.comunidadesegura.org/?q=pt/node/35060

5 comentários:

redonda disse...

Vi uma breve reportagem na televisão. Chamou-me também a atenção por referirem que não utilizava qualquer arma e fiquei a pensar se não será alguém que estará a precisar de apoio psicológico.

Bichodeconta disse...

O sr da GNR está a precisar urgentemente de apoio psicológico, não menos grave é o que acontece a quam dá assim tudo se ainda por cima não foi ameaçado ou coisa que o valha..Convenhamos que se a pessoa ou pessoas em quetão, forem ameaçadas, devem primeiro que tudo salvar as vidas , mas o que justifica que alguém chegue junto de nós e peça tudo o que temo e sem mais nem menos , é o toma lá? Tenham dó.. Um abraço, ell

Ivy disse...

Amigo Eira-Velha. As maçãs podres estão por toda parte. O problema, é que as pessoas não sabem mais ser elas mesmas. Porque o mundo continua o mesmo que sempre foi,com o bem e com o mal, só que hoje as coisas estão mais expostas. Noutros tempos, tudo era mais hipócrita, mais escondidinho, mas tudo sempre existiu. E quando somos nós mesmos realmente, com aquilo que aprendemos, ninguém nos contamina.
Beijos!

Ana Ramon disse...

Assistimos a coisas tão surpreendentes que até as palavras fogem sem podermos, nem sabermos o que escrever.
Perderam-se muitos dos valores que se defendim há uns anos atrás. Tu, tal como eu, és do tempo em que as pessoas se chegavam a suicidar só pelo facto de não conseguirem pagar uma dívida atempadamente. A vergonha era completamente insuportável para se poder viver com ela. Hoje a vergonha baixou muito a fasquia: em alguns casos ainda bem, noutros é uma pena e uma preocupação. Quando nem sequer os elementos do Governo dão o exemplo. O roubo passou a fazer parte do nosso dia-a-dia, camuflado com todas as artimanhas.
O militar da GNR é só mais um a somar a tantos outros :((

Anónimo disse...

Tragã lá as lenguiças , as entrameadas , pinga da boa e rapaziada amiga , cas brazas já cá tã à espera ...
Tou-o cá aqui neste Bêco .
Charroco http://charroco.blogs.sapo.pt/
Atão proqui nã dã lá uma saltada , tã todos convidados pôrra .
Ê lá os'pero .