Uma parcela de 4 mil hectares na herdade de Rio Frio, que atravessa os concelhos de Palmela, Alcochete e Montijo, foi vendida no dia 7 de Dezembro, quando já eram conhecidas das autoridades as conclusões do relatório do LNEC sobre a localização do novo aeroporto internacional.
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A herdade de Rio Frio, uma enorme extensão de terrenos entre Palmela, Alcochete e Montijo, está a ser comprada por vários empresários, que avançaram para estes negócios nos últimos meses. O mais recente foi formalizado no passado dia 7 de Dezembro e implicou a compra de cerca de quatro mil hectares da herdade, num negócio global que terá ascendido aos 250 milhões de euros.
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=77435
O primeiro-ministro acredita que as denúncias de corrupção feitas ontem pelo bastonário da Ordem dos Advogados não se referiam a nenhum membro do actual Governo.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1317804&idCanal=12
O primeiro-ministro, José Sócrates, foi hoje recebido com protestos em Évora, durante uma iniciativa do Governo. Em declarações aos jornalistas minimizou o incidente, dizendo estar já "muito habituado" a manifestações, as organizadas pela CGTP.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1317811&idCanal=12
Evoco aqui a velha história de Hans Christian Andersen sobre o rei vaidoso que gostava de se vestir de forma espampanante.
Era um rei muito vaidoso e estúpido e, por isso, dois "artistas" viram naquela sua mania uma forma de ganhar muito dinheiro. Pois os dois espertalhões foram até ao palácio real e anunciaram-se como especialistas em tecidos mágicos.
O rei já ouvira falar de tecidos de todos os tipos mas nunca tinha ouvido falar de tecidos mágicos. Ficou curioso. Ordenou que os dois fossem à sua presença.
O tecido mágico que eles vendiam era diferente de todos os tecidos comuns porque somente as pessoas inteligentes podiam vê-lo.
O rei contratou logo os dois "artistas" e encomendou-lhes um fato para estrear no dia da independência a troco de uma fortuna. Os "artistas" limitaram-se fazer de conta e aguardar a hora de receber a importância combinada.
Passados alguns dias o rei ordenou aos ministros que passassem a inspeccionar a obra. Estes não viam nada mas, como não queriam passar por burros, elaboravam relatórios a dizer maravilhas do fato.
Até que o próprio rei resolveu pessoalmente ir ver o tecido maravilhoso. E, tal como os ministros, não viu coisa alguma porque nada havia para ser visto. Mas pensou: “Se os ministros viram, é porque são inteligentes. E eu não posso deixar que eles saibam da minha burrice porque pode ser que tal conhecimento venha a desestabilizar o meu governo...”.
No Dia da Pátria, a cidade engalanou-se, bandeiras por todos os lados, bandas de música, as ruas cheias, tocaram os clarins e ouviu-se uma voz pelos alto-falantes: “Cidadãos do nosso país! Dentro de poucos instantes a vossa inteligência será posta à prova. O rei vai desfilar usando a roupa que só os inteligentes podem ver.”
Rufaram os tambores. Abriram-se os portões do palácio e o rei marchou vestido com a sua roupa nova.
Um oh! de espanto elevou-se pelos ares. Todos ficaram maravilhados. Como era linda a roupa do rei! Todos eram inteligentes.
Mas, no alto de uma árvore estava encarapitado um menino a quem não tinham explicado as propriedades mágicas da roupa do rei. Ele olhou, não viu roupa nenhuma, viu o rei nu exibindo uma enorme barriga, as nádegas murchas e as vergonhas dependuradas. Não se conteve e deu um grito que a multidão inteira ouviu:
-O rei vai nu!
1 comentário:
Olá eira-velha,
Bom enquadramento da história.
Parabéns.
Um abraço
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