Já chegaram a Monção. Desde o passado dia um, as principais praças e ruas do Centro Histórico (CH) passaram a ostentar o sinal de Zona de Estacionamento Limitado (pago). E isso já se reflecte nas imensas clareiras que ficam disponíveis para quem não se importar de meter uns cobres na famigerada máquina de recolha de fundos. Significa também que a edilidade dispõe de uma fonte de receitas adicional e, como tal, de mais meios para investir na conservação e melhoramento das infraestruturas viárias.
Tudo foi feito em conformidade com a lei e o regulamento de suporte pode ser consultado aqui.
Julgo que não havia necessidade. O CH é pequeníssimo e na periferia há lugares de estacionamento que avonde, se excluirmos o dia de feira semanal ou os dias de festa. E proporciona um excelente passeio pedonal.
Só que as pessoas gostam de ir para a Praça de carro, estacionar ao pé da esplanada, à porta do banco, em frente da loja de ferragens ou da mercearia, em suma, se se poder ir de carro não se vai apé, ainda que haja que estacionar em cima de passeios, em segunda fila, nas passadeiras para peões, no centro das praças, nas curvas, nos lugares reservados a deficientes ou outros.
Também ali, à semelhança do que acontece em todos os aglomerados urbanos, a permissividade é grande e as hipóteses de se ser penalizado pelas contravenções praticadas são diminutas, se excluirmos as surpresas esporádicas que a caixa de correio revela de vez em quando.
Como já referi por aí de forma algo irónica, não me admiraria que qualquer dia vejamos as máquinas a foçar no subsolo da Terra Nova ou do Terreiro para lá se criar mais espaço para estacionamento pago. Atreverme-ia mesmo a vaticinar que se os resultados for€m animador€s esse tempo estará mais próximo do que se possa pensar.
Pessoalmente acho abusiva a utilização do espaço público para enriquecimento privado mas também sou de opinião que o CH fica muito mais agradável sem carros.
Por isso a minha sugestão é a supressão total da circulação rodoviária dentro do perímetro das Muralhas, com as excepções normais e compreensíveis.
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