quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Linguística de Cavenca IV – Pronúncias Dialectais

Isolado na encosta da serra, o povo de Cavenca desenvolveu formas de expressão próprias, algumas bem rudes, que nos faziam corar de vergonha sempre que alguém se ria da nossa “forma” de falar.
E não deixa de ser curioso que tais diferenças constituíam-se em áreas muito próximas. Só que a mobilidade das pessoas era ínfima e os círculos de relações estabeleciam-se quase exclusivamente nas próprias aldeias.
Aqui vão mais alguns contributos para a compreensão de termos e vocábulos que por lá ainda residem e resistem.
Abelar
Afagar, suavizar
Acadar Encontro com algo ou com alguém num local determinado
(acadar a rês, o gado, alguém)
Arrotcho Pau tosco ou varapau
Borbetio
Borboto
Cabaneiro
Calaceiro, preguiçoso, indolente, desajeitado
Cantcha
Passada longa
Cruja
Coruja
Enxaboar Ensaboar
Fatchuqueira
Facho, tocha (feito de palha de centeio)
Ferruge
Ferrugem
Forcado
Utensílio de madeira para mexer as papas
Freija
Cachoeira, cascata
Lardo
Toucinho, parte gorda da carne (em lardo vivo = em carne viva)
Leixarigo Borbulha,
Moutcho
Mocho
Néboa
Nevoeiro, Nuvem
Sangre
Sangue
Tunir
Contactar, tocar
Xabon Sabão

3 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia Mano
Antes de mais nada...que bom que está de volta...:-) Estava fazendo falta por aqui.
Já faz tanto tempo que não escuto Cavenquês que me farto de rir ao ler. Agora acho engraçado, mas era assim mesmo que falávamos... Adoro tudo que você escreve...mas, ainda espero o final do (Tesouro Encantado)...rsrsrs
Beijos para vc e toda a família.

Ivy disse...

Pra mim soam tão estranhas estas palavras... Mas acho muito interessante conhecer.
Abraços.
Bom fim de semana!

Anónimo disse...

e ainda à muitas mais ...ou não ?
beijos