sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A Ecopista do Rio Minho

A ecopista do Rio Minho, inaugurada há cerca de cinco anos, resultou do aproveitamento de um troço desactivado da linha de caminho de ferro que ligava as localidades de Valença e Monção.
Inicialmente numa extensão de treze quilómetros, desde a Casa da Guarda em Valença até ao apeadeiro da Senhora da cabeça em Cortes, Monção, foi considerada a primeira infraestrutura do género em Portugal. Recentemente foi também ampliada com mais três quilómetros, desde Cortes à estrada que liga Monção e a localidade galega de Salvaterra do Minho, sendo intenção da autarquia monçanense projectá-la até ao parque termal das Caldas.
Percorrê-la, a pé ou de bicicleta, constitui um exercício físico e mental extraordinário e quem se dispuser a efectuar ligeiros desvios pode observar os inúmeros pontos de interesse que o traçado oferece.
O reconhecimento da qualidade desta obra magnífica está bem patente no honroso quarto lugar na categoria de Desenvolvimento Sustentável e Turismo do Prémio Europeu das Vias Verdes que lhe foi atribuído recentemente, num concurso realizado na Bélgica e organizado pela Associação Europeia Greenways (E.G.W.A.) e Ministério do Turismo da Comunidade Alemã da Bélgica, com o apoio da Fundação espanhola para a Biodiversidade e da Direcção-Geral das Empresas e Indústria da U.E.
Mas não basta fazer obra e descansar à espera dos frutos. A manutenção também se impõe e quanto mais cedo se efectuarem as intervenções necessárias mais fácil e menos dispendioso se tornará.
Ao longo do percurso já são visíveis os danos provocados pelo desenvolvimento subterrâneo de raízes que levantam o pavimento. E nesta altura do ano, com as chuvas e queda de folhas e ramos das árvores,  são muitos os detritos minerais e vegetais que se vão acumulando na via. A agravar este cenário há o assoreamento, ocasional ou intencional de valetas e gateiras por onde se escoam as águas tanto da chuva como das diversas nascentes que se encontram ao longo do percurso.
Talvez a contratação de um cantoneiro (ou técnico de manutenção) fosse útil para resolver as pequenas anomalias que se verificam, podendo ainda exercer algum policiamento já que é notório o abusivo apascentamento de animais nos taludes, além de gerar um posto de trabalho que tanta falta faz.
O caso mais flagrante é o que a fotografia documenta. São cerca de 10 metros de pista que ficam submersos por uma camada de água, suficientemente alta para encharcar o calçado e os pés de quem ousar passar a pé.

Uma semana antes voltei para trás e alertei a autarquia responsável para o problema mas o mesmo ainda subsiste. Desta vez passei encavalitado na "ginga" e aproveitei para efectuar o registo fotográfico.
Talvez esta forma de divulgação seja mais eficiente...

3 comentários:

veloz disse...

Bom dia.
Pelo descrito deve ser uma excelente ecopista.
É pena ser demasiado longe para eu fazer-lhe compania nos treinos.
Em relação á manutenção, é um problema do nosso país e das nossas autarquias. Aqui por baixo, também existem algumas autarquias que só pensam em fazer obras nas vésperas das eleições e depois não efectuam a devida mautenção ao longo dos anos.
Fico contente por se ter dedicado mais intensamente ao treino físico. De facto melhora a saúde fisica e mental.
Eu já não consigo passar uma semana sem fazer dois ou três treinos (2/3 natação e 1 bicicleta), mesmo com as limitações que tenho na anca.
Abraço.

susana disse...

Mesmo assim não sei se vais lá!
Com uso do photoshop, metias aí uma moçoila, a arregaçar a saia, para poder passar e havias de ver como choviam comentários e num instante chegava aos ouvidos da autarquia. :))

Eira-Velha disse...

:))) Como vês, Miss, tenho pouco jeito para a fotografia. Mas tu podias dar uma mãozinha...
Decerto que não vou lá (os senhores autarcas daqui são muito "duros" de ouvido) mas fiz a minha parte.
Beijo