Decorrem em Monção os tradicionais festejos do Corpo de Deus, a mais emblemática manifestação cultural do Concelho, sem desprimor para as grandiosas festas em honra da Virgem das Dores.
Ontem foi o dia da Coca mas parece que o secular torneio não foi levado a efeito por causa do mau tempo, ao contrário do que sucedeu em Redondela onde os deuses da chuva propiciaram condições para levar a cabo o evento, conforme se pode verificar na foto ao fundo.
Contudo, ainda a "procissão" vai no adro.
As actividades são muitas e diversificadas, sendo a Feira do Alvarinho a que atrai mais atenções pela importância que a divulgação deste ex-libris de Monção representa para a economia local.
E por falar em Alvarinho, parece que sobram preocupações por ter dado entrada na Comissão de Vitivinicultura da Região dos Vinhos Verdes uma proposta para alargamento da produção de Alvarinho a toda a Região (desta questão se faz eco aqui).
Já não chegavam as constantes "picardias" com os vizinhos de Melgaço pelo protagonismo que produtores e autoridades deste concelho têm vindo a assumir nos últimos anos...
A minha opinião é que se deve defender a qualidade e a denominação de origem do Alvarinho enquanto produto perfeitamente diferenciado do que possa ser produzido noutras regiões, o que me parece difícil.
De facto, a Galiza possui uma extensa área geográfica onde se produz o excelente "Albariño", para o qual foram canalizados fortes investimentos e desenvolvidas importantes acções de promoção nos mercados internos e externos com muito sucesso. E isso nunca incomodou os produtores do lado sul.
Também são conhecidos os problemas que se têm levantado ao consagrado vinho generoso produzido na Região Demarcada do Douro, dada a concorrência vinda de Espanha, da África do Sul e da Califórnia.
Nada me garante que os solos que produzem o afamado "loureiro" não possuem boa aptidão para produzir Alvarinho. Se assim for mais tarde ou mais cedo os produtores de Monção e Melgaço ver-se-ão a braços com a concorrência de Alvarinho de Penafiel, de Barcelos, de Fafe, de Castelo de Paiva ou de Vale de Cambra.
Mas se realmente os solos e as condições microclimáticas de Monção e Melgaço forem de tal modo particulares que se diferenciem do resto da Região dos Vinhos Verdes podem ficar descansados. As tentativas para produzir Alvarinho noutro lugar terão o mesmo sucesso que teriam os agricultores do Vale do Minho se quisessem ali produzir vinho do Porto ou os da Bairrada se quisessem aqui produzir vinho da Madeira.
Cartazes copiados de: http://www.cm-moncao.pt/principal.asp
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