sábado, 3 de maio de 2008

O Dia da Guarda

"A manutenção dos níveis quantitativos da criminalidade participada, desde 2003, com a significativa descida de todos os tipos de criminalidade violenta e grave praticada contra pessoas.
Descida superior a 40% da mortalidade e sinistralidade rodoviária, nos últimos 5 anos, poupando mais de 2000 vidas...
Participação directa nos principais processos e operações de combate à fraude e evasão fiscais, evitando a delapidação ou fazendo reverter para a fazenda pública dezenas de milhões de euros todos os anos.
Forte contributo para suster os tráficos e aguentar a pressão das ameaças que, crescentemente, são exercidas sobre a costa portuguesa, tanto ao nível das drogas como da imigração ilegal e do tráfico de pessoas.
O SEPNA, onde se integrou o Corpo de Guardas Florestais, é hoje uma estrutura operacional altamente especializada e capacitada para a preservação do nosso património ambiental, com reconhecimento nacional e internacional.
Adequada articulação dos meios e capacidades da Guarda nas estruturas de Protecção Civil, através do SEPNA e do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro, tem contribuído, de forma decisiva, para que os incêndios e a destruição da nossa floresta passassem a ser encarados, não como uma fatalidade mas como uma ameaça que pode ser controlada e restringida.
O GIPS, com cerca de 700 efectivos com adequada preparação específica e bem equipados, em razão da excelência dos seus resultados operacionais, é hoje uma Unidade de referência, em matéria de protecção civil, e um modelo que outros países já estão a adoptar".

No dia em que se comemora mais um aniversário da "criação" da Guarda Nacional Republicana, importa reter o balanço apresentado hoje pelo Ex.mo Tenente General Comandante Geral.
É um balanço positivo, em jeito de despedida, do qual transparece um elevado grau de satisfação e orgulho pelo trabalho desenvolvido ao longo de cinco anos na liderança desta Força Policial, revelador também do profissionalismo e abnegação dos milhares de Soldados que se empenharam decisivamente na obtenção destes resultados.
Também eu me sentiria orgulhoso, mesmo tendo contribuído infimamente para a sua concretização, se não pairasse nos bastidores uma imensa onda de preocupações e anseios que incomodam e desassossegam. É que, se por um lado a "obra feita" é uma realidade, por outro muito há a fazer para recuperar, no plano individual, a credibilidade, o brio e o gosto pela profissão e, no plano social, o respeito e o reconhecimento público e institucional que é devido e esperado pelos militares da Guarda.
Passeando o olhar por diversos sítios e blogues da web identificados com a Guarda fica-se com a sensação de que esta secular Instituição se assemelha mais a uma "casa" dos horrores do que a uma organização onde se desenvolve um serviço público de excelência, em absoluto contraste com os conteúdos do discurso acima apresentados.
Por isso aqui quero deixar a minha mensagem a todos que me acompanham nesta caminhada: O rumo a seguir é o da competência, da correcção, da excelência e da abnegação.
Só assim teremos a legitimidade necessária para reivindicar melhores salários, melhores condições de trabalho, mais e melhores meios.
Só assim poderemos exigir o respeito e o apreço da comunidade.

2 comentários:

Ferina*izil* disse...

pASSEI PARA ME APRIMORAR UM POUCO,
ABRAÇOS
IZIL

Anónimo disse...

Caro amigo, quando somos obrigados a exigir melhores condições de trabalho, mais e melhores meios, vou ali e já volto.
Abraço.