Um funcionário da EPUL está a ser alvo de processo disciplinar com intenção de despedimento depois de ter reenviado para os colegas um e-mail humorístico com uma foto de campanha de Barack Obama com a mensagem «não vote em branco».
As relações hierarquico-funcionais nem sempre são entendidas num contexto de cooperação e empenho com vista a um objectivo previamente estabelecido. Por vezes geram-se conflitos que é imperioso dirimir com recurso a mecanismos coercivos. Outras vezes usa-se e abusa-se dos meios coercivos para resolver aquilo que o bom senso e a criteriosa gestão dos recursos não conseguem.
"Almeida Faria faz parte de um grupo de quatro quadros dirigentes da EPUL apeados dos seus lugares no início do ano, por decisão da administração, e cujos salários foram reduzidos. Três deles apresentaram queixa contra a empresa, quer nos tribunais, quer na Autoridade para as Condições de Trabalho, a que juntaram um parecer jurídico encomendado pela empresa há alguns anos a um especialista em direito administrativo, por ele defender a sua posição. Além de acusar Almeida Faria de ter violado o regulamento de utilização dos meios informáticos da EPUL ao reencaminhar a mensagem sobre Obama, a administração considera que ele lesou a empresa por, na queixa judicial referida, ter usado o parecer jurídico sem o seu consentimento. Uma acusação que se estende aos dois outros quadros dirigentes destituídos, contra os quais foram também, por idêntica razão, levantados processos disciplinares" refere o Público.
Mesmo concedendo que os meios informáticos não devem servir para fins diferentes dos prosseguidos pela empresa parece-me que andam ali "mosquitos por cordas"!
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