Deixá-la ir, a ave, a quem roubaram
Ninho e filhos e tudo, sem piedade...
Que a leve o ar sem fim da soledade
Onde as asas partidas a levaram...
Deixá-la ir, a vela que arrojaram
Os tufões pelo mar, na escuridade,
Quando a noite surgiu da imensidade,
Quando os ventos do Sul se levantaram...
Deixá-la ir, a alma lastimosa,
Que perdeu fé e paz e confiança,
À morte queda, à morte silenciosa...
Deixá-la ir, a nota desprendida
Dum canto extremo... e a última esperança...
E a vida... e o amor... deixá-la ir, a vida!
4 comentários:
Gostei, sim senhor...
Lindíssimo poema. E a música é perfeita!
Um abraço
Lindo poema, e tão verdadeiro
parabéns pela escolha.
izil
Não sei se sabes, mas as Deusas são seres imortais,daí tanto faz que faça sol, ou chova. E não me venhas com ares de púdico, porque eu sei que adoras aquele tipo de postagens ehehe!
Poema muito propício ao dia. Quando nada nos diz, a morte não parece assim tão má...
beijinhos
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