"Um filho não nasce; forma-se. E para isso é preciso tempo, dedicação, apego, carinho, amor, segurança, responsabilidade. É preciso ser adulto, saber dizer “não”, levá-los aos hospitais para verem crianças doentes, ensiná-los a respeitar a natureza. Com estas componentes, é seguro que o filho será um bom filho. Se um pai educar bem o filho, corre o risco de aos 14 anos ele fazer uma coisa mal feita, como experimentar droga. Se o pai não dá conta em dois meses ele perde-se. Mas se dá conta, esse comportamento – ou outro - será um delito que só acontecerá uma vez".
O artigo do JN de hoje despertou-me a atenção e não resisti a trazê-lo para aqui, não só para demonstrar que os "ventos de Espanha" nem sempre são tão maus como se diz na gíria, mas também para convidar a uma reflexão sobre a educação dos nossos filhos e o papel dos pais em todo esse processo. "O que calam os nossos filhos?" é o título de um livro que vai ser lançado brevemente em Portugal e parece que já é um caso de sucesso do outro lado da raia. Pela amostra que aqui vem estou seguro que também o será deste lado.
Estou certo também que muitos dos problemas sociais num dado momento radicam na forma como se formaram os homens e mulheres desse tempo. As famílias, umas desestruturadas, outras "sem tempo" para dedicar ao problema da educação dos filhos, procuraram transferir a responsabilidade que cabe aos pais para as escolas. As escolas são incapazes de, por si sós, corresponder àquilo que é necessário para formar uma pessoa. Acontece que em muitos casos a deformação e a degradação dos valores atingiu clamorosamente estes dois pilares da educação e o resultado é o que se vê: não se pode dar aquilo que não se tem...
1 comentário:
Olá eira-velha,
É oportuna a tua chamada de atenção para o artigo do JN e, por isso, vou estar atento à saída do livro [tendo em vista os netos].
Abraço.
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